O diretor da Clínica Renal de Xanxerê, o médico Mauricio Rezende, participou da sessão da Câmara na segunda-feira (10) e explanou aos vereadores sobre a real situação da terapia renal substitutiva, principalmente o serviço de hemodiálise, que é o único credenciado para atender a região, mas está passando por uma crise sem precedentes em termos financeiros. “Estamos mais de três anos novamente sem o aumento do repasse o que está inviabilizando financeiramente a continuidade do tratamento para esses pacientes que precisam da assistência médica especializada em nefrologia”, afirmou Mauricio. Atualmente em Xanxerê são atendidos 56 pacientes em programa de terapia renal substitutiva com hemodiálise. “Mais de 95% dos pacientes, são atendidos pelo Sistema Único de Saúde, são pacientes que dependem exclusivamente do SUS. O repasse vem do Ministério da Saúde ao Estado que fica encarregado de repassar esse valor ao serviço credenciado, mas a clínica em Xanxerê fica até 90 dias sem receber o repasse que já não cobre os custos mínimos”, afirmou o diretor. O principal da reivindicação é o valor insuficiente. “Hoje se recebe R$194,20 o valor da sessão. E isso já tem inclusive planilhas apresentadas ao Ministério da Saúde e demais autoridades, que comprovam que o custo mínimo está na faixa de R$250,00. Isto seria valor de custo na verdade para conseguir manter o serviço. Infelizmente o Ministério da Saúde não tem atendido as reivindicações da Sociedade Brasileira de Nefrologia, que realmente estamos a beira do caos, e vai se tornar insuficiente financeiramente e os prestadores de serviço não irão conseguir manter o atendimento, que é algo mais grave por se tratar de uma doença degenerativa e precisa de uma condição de saúde otimizada. A tabela extremamente defasada pode ocasionar o pedido de rescisão de contrato com o Estado e o fechamento do serviço em Xanxerê” citou Mauricio Rezende.
Ass.Com.
Xanxerê