Foi realizada na manhã desta quinta-feira (10), uma ação conjunta entre Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF) e Controladoria Geral da União (CGU). Intitulada de Operação Manobra de Osler, a fim de apurar desvios de verbas públicas a pessoas físicas e jurídicas. De acordo com o MPF, a ação visa desarticular esquema de desvios de recursos do SUS destinados a serviços de saúde de média e alta complexidade ambulatorial e hospitalar. Ao todo, foram cumpridos, quatro mandados de condução coercitiva e seis de busca e apreensão somente na cidade de Chapecó. As investigações tiveram início entre 2013 e 2015, quando o Fundo Municipal de Saúde da Prefeitura de Chapecó, transferiu cerca de 7,3 milhões para o Consórcio Intermunicipal de Saúde do Oeste Catarinense. Deste total, cerca de 1,5 milhão foi pago para a Empresa de Medicina Hiperbárica, pela suposta prestação de serviços de sessões de “oxigenoterapia hiperbárica”. Ainda segundo o MPF, durante as investigações ficaram evidenciados desvios de recursos pela empresa a pessoas físicas e jurídicas, direta ou indiretamente ligadas ao agente público municipal. Entre os investigados está à ex-secretária municipal de saúde Cleidenara Weirich que teria sido a maior beneficiada com os desvios. O marido da ex-secretária também é sócio do médico responsável pela clinica de Chapecó em outros estabelecimentos do mesmo ramo, na cidade de São José. Para o Ministério Público Federal, o dano causado aos cofres públicos, está estimado em cerca de R$ 2 milhões. Tanto a ex-secretária de saúde de Chapecó, quanto o diretor executivo do CIS-AMOSC, tiveram seus bens bloqueados, bem como a suspensão do exercício das funções públicas, não podendo a ex-secretária ser diplomada para a vereança na qual foi eleita no último pleito eleitoral. Eles também estão proibidos de ingressar nas dependências da Secretaria Municipal de Saúde, do Hospital Regional do Oeste e do CIS-AMOSC.
Chapecó