Os visitantes da ExpoFemi 2022 vão poder conhecer as nove raças de gado de corte que estão em exposição na feira até domingo (8). Um animal que chama bastante a atenção de quem passa pelo pavilhão de bovinos é um touro da raça hereford que pesa 1.050 kg.
Nesta edição também há uma novidade que pela primeira vez está em exposição na 19ª edição da Festa Estadual do Milho. Trata-se da raça shorthorn, animais que possuem uma genética oriunda da Inglaterra.
Conforme um dos membros da comissão da Pecuária, Vitacir Rossignol, estão expondo na feira criadores de seis cabanhas de Santa Catarina com diferentes raças de gado de corte. Ele ressaltou ainda o julgamento da raça charolês em nível estadual e ranqueamento nacional.
“Temos expostos aqui fêmeas com até 950 kg e machos com 1.050 kg. Então o que tem de melhor no estado e no Brasil está aqui em Xanxerê. E também tem novidade esse ano que é a raça shorthorn, primeira vez na Femi”, comenta Vitacir.
Tatiane Mendes dos Santos é de Água Doce e é a criadora da raça shorthorn, um animal originário da Inglaterra. Essa raça é a primeira vez que está em exposição da ExpoFemi e trata-se de uma carne nobre.
“Estamos trabalhando com essa raça há 4 anos. Na época surgiu a oportunidade de comprarmos embriões PO (puro de origem), implantamos e estamos acreditando muito nessa raça para comercialização, por isso do investimento”, comenta Tatiana.
A cabanha São Chico trabalha com gado de corte das raças red poll e limousin desde a década de 80.
Jamil Deud Junior, da cabana Santa Tecla, de Abelardo Luz, participou de todas as edições da ExpoFemi e, mais uma vez, expôs seus animais da raça charolesa. A família é pioneira na seleção da raça a qual existe há 65 anos.
Conforme Jamil, a Femi é uma vitrine para a pecuária em Santa Catarina e os criadores estão cada vez mais buscando mercado para a raça charolesa. “Participar da Femi é uma obrigatoriedade, além de ser um momento de encontro com os demais criadores”, comenta Jamil.
A cabana Santa Tecla participa do julgamento da raça e essa avaliação, segundo Jamil, serve para comparar os vários sistemas de seleção da raça charolesa. “Chegar ao final da cadeia produtiva é o que mais importa para atender o consumidor final e também abre portas para um grande mercado de exportação”, conclui.
Daniel Arthur Schlup, engenheiro agrônomo e presidente da Associação Catarinense de Criadores Charolês, vai avaliar cerca de 40 animais, entre machos e fêmeas, em vários quesitos, especialmente no melhoramento genético.
O julgamento é coordenado pela Associação Catarinense com amparo da Associação Brasileira de Criadores de Charolês. Segundo ele, a associação vem buscando animais mais produtivos e adaptativos aos ambientes.
“Nesse julgamento vamos selecionar dentro dos nossos parâmetros o melhoramento dos animais que estão expostos na feira, que vai desde ganho genético e com muita qualidade na raça”, explica o avaliador do julgamento.
No pavilhão de gado de corte estão expostos animais das raças Limousin, Devon, Simental, Hereford, Charolês, Brangus, Red Poll, Shorthorn e Brahman. Os visitantes poderão conhecer as raças até o domingo (8), último dia da feira.
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