Tem dias que o mar não está para peixe!
As coisas parecem não andar muito boas para os lados do ex-prefeito de Jaraguá do Sul, Antídio Lunelli (MDB). Apesar dos esforços em tentar convencer a militância emedebista em apoia-lo para representar o partido no pleito de 2022, uma ala em especial a bancada do MDB apesar de não externar isso de forma clara e objetiva se mostra propensa a seguir ao lado do Governador Carlos Moisés (Republicanos).
Lunelli além da resistência de parte dos seus correligionários, também encontra outras duas dificuldades pelo caminho, uma delas o tempo, que segundo fontes emedebistas o prazo para que ele possa confirmar a viabilidade de sua candidatura se encerra no próximo dia 18. Por outro lado, a falta de poder de aglutinação e atrair outros partidos para seu projeto.
Agora sem mandato pois renunciou à Prefeitura, uma luz aparece ao fim do túnel para Lunelli. A possibilidade de ceder a jogada da bancada, pular para a barca de Moises e disputar a vaga ao Senado!
Nesta eventual aliança, poderá surgir um bom vice e dar mais força ao Governador na busca pela reeleição. Há quem diga que Loureiro vem ai!
Esquecido por muitos, quem também aproveitou a janela partidária para mudar de lado foi o xanxerense e ex-deputado federal Valdir Colatto. Emedebista de carteirinha, Colatto que vinha sendo deixado de lado, migrou para o União Brasil e deve vir com força na corrida por uma das vagas na Câmara Federal.
A desistência de João Rodrigues em concorrer ao Governo do Estado, traz para o jogo o Senador Espiridião Amin (PP). Os progressistas, que apoiariam incondicionalmente a candidatura de Rodrigues, passaram a ganhar um novo fôlego, e poderá vir do próprio Senador o nome para colocar os progressistas na jogada, ao lado da Deputada Geovania de Sá (PSDB) e do ex-governador Raimundo Colombo (PSD).
Resta saber se nessa tríplice aliança quem irá liderar o processo, visto que Colombo também se apresenta para o pleito, e que muito embora possa viabilizar seu nome ao Senado, não descarta a possibilidade de buscar se tornar pela terceira vez Governador de Santa Catarina, aí tendo ao lado a Deputada Ângela Amin com Geovania concorrendo ao Senado.
A “esquerda” em Santa Catarina, nunca viu tão evidente a possibilidade de chegar ao segundo turno das eleições no estado. No entanto a chamada Frente de Esquerda passa pelo embate e queda de braços de Décio Lima (PT) e do Senador Dário Berguer que recentemente migrou do MDB para o PSB. Dário conta com apoio do PDT, mas quando volta os olhos para o cenário nacional essa possível aliança com PT poderá esbarrar na disputa nacional, entre Lula e Ciro Gomes. Fato é que se contornado esta situação a esquerda poderá chegar com força ao segundo turno em Santa Catarina.
E não podemos esquecer que neste ano, a esquerda conta com reforço. Depois de ver Eduardo Leite (PSDB) perder as prévias tucanas para João Dória, Gelson Merisio que em 2018 se dizia Bolsonaro, pulou da direita para esquerda e passou a apoiar a candidatura de Lula (PT).
O Senador Jorginho Mello (PL) depois de sentir o baque da eventual possibilidade de ter que enfrentar João Rodrigues (PSD), outro bolsonarista declarado concorrendo ao Governo de Santa Catarina, teve uma semana para respirar aliviado, depois que Rodrigues desistiu de concorrer. No entanto, as pretensões de Jorginho parecem não estar decolando, isto pois, o Senador se vê espremido no próprio leito, depois que o Presidente Jair Bolsonaro (PL), declarou que o ex-secretário da Pesca, Jorge Seif Júnior será o nome do PL para a disputa ao Senado Federal. Isso faz com que uma das portas de negociação para Jorginho se feche e apenas reste a ele a possibilidade de buscar um partido ou nome para compor como vice ao seu lado. Ou no pior dos cenários, Jorginho recua e abre mão da cabeça de chapa.
Morde & Assopra