A pandemia do novo coronavírus está deixando o setor da saúde à beira de um caos. O que vinha sendo sentido e vivido nos grandes centros, agora faz parte da rotina das pequenas cidades. Se o receio era de que as UTIs ficassem superlotadas, agora o temor ainda é a falta de medicamentos.
O problema não é só de Santa Catarina, mas como vivemos aqui, esse é o nosso problema. Se em questão de dias se comprou 200 respiradores (inservíveis até o momento), como é que o Estado não reforçou o estoque de medicamentos essenciais? Como é que está esse planejamento?
Há semanas, o hospital de Xanxerê toma conta dos noticiários da região. Primeiro por chegar a capacidade de 90% de ocupação – depois, conseguiu 10 respiradores (que o Estado precisa por para funcionar) – ai agora precisa emprestar remédios, porque não está conseguindo o essencial para atender os pacientes acometidos pela Covid-19.
Parece que quando o assunto é nacional ou lá da China, as pessoas dão maior visão e se impressionam mais, mas quando está do lado de casa, não estão nem ai. O Oeste tinha que estar nos holofotes do Estado, pois tem a maior concentração de infectados e mortos em decorrência da Covid-19, mas e o que que a gente vê? Nem os órgãos de imprensa local, não conseguem as informações, que dirá a mídia estadual, onde ai sim, parece que o povo percebe. As autoridades precisam se mexer. Esse é o momento de juntar as forças e fazer algo urgente.
A partir de hoje, cai por terra a restrição de horário de circulação em Xanxerê. Ao grosso modo, para evitar perder clientes e aumentar a concorrência, foi necessário optar pela revogação do decreto, mas também, porque os xanxerenses saindo da cidade o risco de contaminação fica maior. Tudo tem os dois lados, infelizmente é a saúde e a economia em jogo e tudo vai depender das pessoas. O cuidado vai ter que ser redobrado, caso contrário vamos chegar no Nível 3 e ai, vai ter fechamento de estabelecimento novamente e mais restrições. Estamos com 96 casos ativos e não necessários 103 para que o novo patamar seja acionado, claro que ainda é preciso outros quesitos, mas o caminho está bem curto.