Não bastava o Estado enviar 10 novos respiradores para o Hospital Regional São Paulo de Xanxerê, também é necessário as orientações e autorizações para o funcionamento do mesmo. O hospital vem enfrentando a falta de profissionais com 14% a menos de trabalhadores devido a pandemia, além disso, faltam medicamentos. Com a chegada dos respiradores para a abertura de 10 novos leitos, o hospital enfrenta agora a insegurança para colocar em funcionamento. Até mesmo o Ministério Público entrou na batalha para auxiliar o município a habilitar os novos leitos e assim dar maior segurança a toda a região.
Até a quinta-feira (11) a UTI do HRSP, destinada a pacientes com a Covid-19 era ocupada por moradores de Xaxim e Ipuaçu. Eram seis pacientes, sendo um suspeito e os demais todos confirmados. O dado repassa a preocupação que não é só de Xanxerê, mas de todos os municípios que abrangem a Associação dos Municípios do Alto Irani (Amai). O hospital de Xanxerê é a referência para os atendimentos e todos os casos são remetidos para ele. Os prefeitos da região estão sensíveis a auxiliar no que for preciso. A administração de Xanxerê firmou um contrato para repasse, durante três meses, de R$ 15 mil, para custeio, mas é necessário muito mais.
Enquanto isso, mais uma moradora da Amai perde a vida em decorrência do novo coronavírus. Desta vez, foi uma mulher, com pouco mais de 30 anos, moradora de Ipuaçu. Essa é a primeira morte do município e a segunda de um indígena em Santa Catarina. Medidas foram tomadas para preservar o povo indígena que é grande em Ipuaçu e Entre Rios, porém não foi suficiente para impedir os óbitos.
O feriado foi de comentar sobre a “enchente” que deu holofotes para Xanxerê. Imagens aéreas mostram parte do centro da cidade invadido pela água barrenta. Nesta sexta-feira, a limpeza ainda ocorria em vários locais. A cobrança é imensa por parte dos atingidos e indigna os demais. Dizem que é necessário R$ 15 milhões para por um plano em ação, relembram as bacias de contenção, a ida até Brasília, com o projeto de baixo do braço para resolver a questão, mas o certo que de concreto não tem nada e pelo jeito nem vamos ter tão breve. Só se um milagre acontecer. Enquanto isso, ainda vamos ter que ver empresários entrando no Rio Xanxerê, retirando sofás e galhos de árvores e muita gente nas redes sociais criticando.
Morde & Assopra