A Polícia Civil indiciou por homicídio culposo o médico que atendeu Benjamim Serenini, que morreu após um suposto erro cometido no Hospital e Maternidade Jaraguá. Benjamim morreu em junho deste ano. Ele nasceu com diversas malformações congênitas e, segundo o pai denunciou à época, morreu após um procedimento de substituição de uma sonda ter causado uma perfuração no pulmão. Conforme atestado médico do pediatra, ele tinha “Traqueomalácia, Glossoptose e sequência de Pierre Robin”, uma condição que impedia a alimentação convencional e, por isso, se alimentava apenas por uma sonda, que precisava ser trocada ou recolocada periodicamente.
No dia 6 de junho, Benjamin foi levado ao hospital onde retirou a sonda para introduzir uma nova, mas o pai relata ter percebido que alguma coisa estava errada. O pai, Edemar Serenini, contou que após a introdução da sonda, percebeu que saiu sangue na boca de Benjamin e na sonda. Ele relatou que questionou a enfermeira sobre o sangramento, mas ela teria dito que o médico confirmou que a sonda estava bem localizada, baseado no exame de raio-x. No dia seguinte Benjamim retornou novamente ao hospital onde, segundo o pai, um novo raio-x mostrou que o seu pulmão estava perfurado. A criança foi submetida a uma cirurgia que teve duração de 4 horas e em seguida encaminhado para UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O pequeno Benjamim não resistiu e veio a falecer dias depois. Segundo Edemar, o hospital também demorou para confirmar a morte cerebral do seu filho, causando ainda mais angústia.
Segundo o delegado Caléu Gomes de Mello, da DPCAMI(Delegacia de Proteção a Criança, Adolescente, Mulher e Idoso), o médico que atendeu Benjamim e fez a liberação da criança foi indiciado por homicídio culposo, quando o suspeito não tem a intenção de matar, em casos como negligência, imprudência ou imperícia.
(fonte: OCP)