O Ministério Público de Milão emitiu uma ordem de prisão internacional e solicitou a extradição do atacante Robinho, condenado a nove anos de prisão por estupro em grupo de uma jovem na cidade do norte da Itália em 2013, informou a imprensa local nesta terça-feira (15). O mandado de detenção internacional é um problema para o jogador, que não poderá viajar para países com os quais a Itália tem acordos de extradição. Não está descartada a possibilidade de que as autoridades dos dois países alcancem um acordo para o cumprimento da pena em território brasileiro, pois a Constituição do Brasil não permite a extradição de seus cidadãos. “Para nós, não muda se ele cumpre a condenação na Itália ou no Brasil. O que importa é que cumpra, sobretudo pelo crime cometido, para proteger as mulheres”, declarou à AFP o advogado da vítima, Jacopo Gnocchi.
O tribunal de Cassação, última instância judicial da Itália, confirmou em 19 de janeiro a condenação por violência sexual grupal contra uma jovem albanesa que comemorava 23 anos em um local conhecido de Milão. Robinho, que jogava na época pelo Milan, e outros cinco compatriotas fizeram a jovem beber “a ponto de deixá-la inconsciente e incapaz de resistir” e depois tiveram “relações sexuais várias vezes seguidas” com ela. O atacante brasileiro de 37 anos, assim como o amigo Ricardo Falco, foi condenado em 2017 em primeira instância pelo tribunal de Milão e em dezembro de 2020 pelo tribunal de apelações de Milão, que confirmou a condenação do jogador e considerou que o atleta agiu com “desprezo especial pela vítima, que foi brutalmente humilhada”, afirma a sentença no caso.
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