O governador Carlos Moisés e o secretário de Estado da Saúde, Aldo Baptista Neto, se reuniram na quarta-feira (25), com a bancada do Oeste para ouvir os deputados e falar sobre as ações do Governo em relação à reestruturação financeira do Hospital Regional do Oeste (HRO), em Chapecó. Uma série de movimentos do Estado nos últimos dias intensificou os diálogos com os diferentes profissionais e setores da região para avaliar o futuro da unidade, referência para a saúde em Santa Catarina.
Nesta semana, além do aporte emergencial anunciado pelo governador, de R$ 14 milhões, a presença do Estado garantiu o compromisso que o serviço não vai parar. O Governo agiu com ações imediatas para não prejudicar o serviço, profissionais e, principalmente, os catarinenses da região. O Tribunal de Contas também faz parte da força-tarefa, com objetivos de médio e longo prazo para estabelecer uma solução perene para as contas da instituição.
Na segunda-feira, a SES mobilizou ações em diferentes frentes: reunião com o secretário municipal de saúde, que é o gestor contratual, com a direção e presidência da associação Leonir Vargas Ferreira, bem como corpo técnico, Comitê Intergestores Regional (CIR) ampliado e os vereadores de Chapecó. Na ocasião, o secretário adjunto da Saúde estadual reafirmou o compromisso do governador em manter o serviço hospitalar 100% ativo.
O trâmite para o pagamento já foi iniciado pela SES logo depois do anúncio do governador. Na terça-feira, o secretário Aldo Baptista Neto assinou a liberação do recurso de R$ 14 milhões, pago em duas parcelas de R$ 7 milhões. A primeira deve entrar na conta da unidade até o fim do mês. O valor foi fechado de acordo com documentos que demonstram atrasos de pagamentos aos servidores.
Para o Hospital Regional do Oeste, que recebe financiamento do Ministério da Saúde, o Estado já tem auxiliado a unidade com a Política Hospitalar Catarinense, que investe em custeio, manutenção e cirurgias eletivas de média e alta complexidade. De 2020 até 2022, na PHC, a unidade recebeu R$ 125 milhões. Os investimentos permanecem e o aporte emergencial será à parte.
O governador garante que a força-tarefa foi criada para chegar a uma solução duradoura. Em paralelo ao aporte emergencial, uma equipe de auditores da SES está em Chapecó e auxiliando o Tribunal de Contas a fazer os devidos levantamentos para entender o déficit. O objetivo é entender os motivos que levaram a unidade a um prejuízo mensal de R$ 4 milhões ao mês e que obrigaram o Governo a agir rapidamente. A auditoria operacional do Tribunal de Contas, assim, será capaz de dar transparência aos dados e indicar quais passos devem ser tomados.