A arrecadação de impostos e contribuições federais no Brasil atingiu R$ 581.795 bilhões no primeiro trimestre de 2023, de acordo com dados revelados nesta terça-feira (25) pela Receita Federal. O valor corresponde ao melhor desempenho arrecadatório para o período desde 2000.
No acumulado do ano, a alta de real (acima da inflação) de 0,72% pode ser explicada, principalmente, pelos recolhimentos do ajuste de IRPJ e CSLL e das desonerações concedidas no IPI e PIS/Cofins, afirma o Fisco.
Somente no mês de março, a arrecadação total das Receitas Federais atingiu, R$ 171.056 bilhões, registrando decréscimo real (abaixo da inflação) de 0,42% em relação ao mesmo mês do ano passado.
Em todo o período compreendido entre os meses de janeiro e março, a Receita Previdenciária totalizou uma arrecadação de R$ 142.132 bilhões, com ganho real de 6,99%. Esse desempenho é explicado pelo crescimento real de 12,07% da massa salarial dos trabalhadores.
Além disso, houve crescimento das compensações tributárias com débitos de receita previdenciária em razão da Lei 13.670/18. O IRRF-Rendimentos de Capital apresentou uma arrecadação de R$ 24.581 bilhões, resultando em um crescimento real de 43,06%. Tal resultado pode ser explicado pelas altas nominais de 70,76% na arrecadação do item “Fundos de Renda Fixa” e de 88,52% na arrecadação do item “Aplicação de Renda Fixa (PF e PJ)”.
O IRRF – Rendimentos do Trabalho apresentou uma arrecadação de 52.277 bilhões, com crescimento real de 8,17%. Esse resultado se deve aos acréscimos reais na arrecadação dos itens “Rendimentos do Trabalho Assalariado” (+11,71%) e “Aposentadoria do Regime Geral ou do Servidor Público” (+5,52%) e o decréscimo real em “Participação nos Lucros ou Resultados – PLR” (-19,12%).