As multinacionais da indústria farmacêutica se comprometeram nesta quinta-feira (19) a dispor de uma vacina contra a doença Covid-19 “em todo o mundo”, em um prazo de 12 a 18 meses. Dezenas de ensaios clínicos estão em andamento para ajustar kits de detecção menos caros e mais precisos, assim como um tratamento ou uma vacina capazes de combater o novo coronavírus, que já infectou mais de 217 mil pessoas e deixou mais de 9 mil mortos no mundo, segundo balanço da AFP. As formalidades administrativas podem ser simplificadas e aceleradas nesta corrida contra o tempo, não faltam recursos e as associações do setor público e privado permitem diluir o risco financeiro pelos investimentos colossais que exigem a investigação e a produção. No entanto, alertam que tanto produtores como as autoridades de controle não podem comprometer a segurança de uma potencial vacina e, portanto, não se pode acelerar o cronograma de ensaios clínicos e o estudo dos resultados. “Temos três eixos de trabalho: garantir a distribuição, redirecionar a tecnologia existente e criar novos tratamentos, novas vacinas, novos testes de detecção que contribuirão para erradicar a Covid-19”, explicou David Ricks, CEO da Eli Lilly and Company e presidente do IFPMA. Por isso, os industriais estimam que uma vacina pode estar no mercado nos próximos 12 a 18 meses. Uma vez que a fórmula for validada pelas agências reguladoras, terão que produzir uma quantidade suficiente e garantir o fornecimento a todo o planeta. Nunca se concebeu aos seres humanos uma vacina eficaz contra qualquer membro da família dos coronavírus e isso faz com que “a maioria dos programas” de ensaios clínicos realizados contra a Covid-19 estejam condenados ao fracasso, alertou Rajeev Venkayya, responsável pelo desenvolvimento de vacinas do grupo Takeda. “A vantagem em embarcar em todos os tipos de projetos é que alguns terão sucesso”, destacou.
CP