Em nove meses Santa Catarina superou o desempenho de todo o ano passado e espera chegar a US$ 1 bilhão de faturamento até dezembro indicou o governo do Estado na segunda-feira (9). Os números são divulgados pelo Ministério da Economia e analisados pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Epagri/Cepa). De janeiro a outubro deste ano, Santa Catarina embarcou 435,5 mil toneladas de carne suína para 67 países. O valor gerado com as exportações já passa de US$ 963,6 milhões, um aumento de 38,4% em relação ao mesmo período de 2019. A China segue como o maior mercado para a suinocultura catarinense, responsável por 55% do faturamento total com os embarques ao longo de 2020. O Estado vem ampliando também as vendas para outros países, como os Estados Unidos (+61%) e o Japão (+129,4), considerados os mais exigentes do mundo. No mês de outubro, Santa Catarina exportou 46,4 mil toneladas de carne suína, faturando mais de US$ 107,9 milhões um aumento de 46,8% em comparação a outubro de 2019. Segundo o analista da Epagri/Cepa, Alexandre Giehl, praticamente todos os principais mercados ampliaram suas compras. Maior produtor nacional de carne suína, Santa Catarina tem um grande diferencial por conta do seu status sanitário diferenciado, que abre as portas para os mercados mais exigentes do mundo. A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), em parceria com a iniciativa privada e os produtores, mantém um rígido controle das fronteiras e do rebanho catarinense. O Estado é o único do país reconhecido pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como área livre de febre aftosa sem vacinação, o que demonstra um cuidado extremo com a sanidade animal e é algo extremamente valorizado pelos importadores de carne. Além disso, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul representam a zona livre de peste suína clássica.
Foto: Jader Nones / Cidasc