Foi publicado na quarta-feira (11), pelo poder judiciário a sentença, condenando sete pessoas, a mais de 150 anos de prisão, por envolvimento em um esquema de desvios de carga, bem como ao pagamento de multa. De acordo com os autos, três acusados já estão persos preventivamente e aguardam recurso e um está foragido, enquanto os demais respondem o processo em liberdade. Um dos réus foi preso em Itapema, depois de ter desviado uma carga de soja no dia 7 de janeiro de 2014, depois de ter registrado boletim na cidade de Guaraciaba, sendo que o caminhão teria sido localizado em Xaxim uma semana após o suposto roubo. O inquérito policial instaurado reuniu provas e informações de que a quadrilha contratava fretes de cargas, e durante o transporte acabava forjando assaltos aos caminhoneiros, de forma que as cargas não chegassem ao destino devido. A investigação realizada pela Divisão de Furtos e Roubos de Veículos da DEIC durou cerca de um ano e meio, resultando em mais de 700 páginas do inquérito policial que contou com a contribuição da Polícia Federal. Para a polícia, a quadrilha teria desviado mais de 25 cargas entre os anos de 2008 e 2014, em sua grande maioria cargas de soja e feijão, além de açúcar, madeira, adubos e também chocolates no estado. Entre os presos e condenados pela justiça está o policial civil Elizeu Lazarotto de 42 anos, que atuou nas cidades de Xanxerê, Ponte Serrada e Vargeão. De acordo com o Delegado Rodrigo Falck Bortolini, responsável pelas investigações, o policial que atuou na Delegacia Regional de Xanxerê até novembro de 2015, era o responsável por registrar boletins de ocorrência fraudulentos, sendo que em algumas ocasiões os motoristas que supostamente teriam sido vítimas de assalto, se quer se dirigiam até a Delegacia para registrar o BO, que era feito pelo próprio policial. Ele foi capturado na cidade de São Miguel do Oeste, para onde havia solicitado transferência. Elizeu foi condenado a 87 anos e 6 meses de reclusão, em regime fechado, e ao pagamento de 875 dias-multa, cada qual no valor de 1/15 do salário mínimo vigente à época dos fatos.
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Xanxerê