Dries van Agt, o primeiro-ministro da Holanda de 1977 a 1982, morreu por eutanásia, ‘de mãos dadas’ juntamente com a sua esposa, Eugenie Krekelberg, segundo a organização de direitos humanos que fundou. Ambos tinham 93 anos. A eutanásia é um procedimento médico que induz à morte a pedido de pacientes que estão sofrendo e é permitida em alguns países.
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A notícia foi divulgada, pelo Fórum dos Direitos, mas o casal morreu no dia 5 de fevereiro e foi enterrado em uma cerimônia privada na cidade de Nimegue. Os dois vinham apresentando uma saúde frágil nos últimos anos.
Democrata cristão de origem holandesa tradicional, Van Agt tornou-se cada vez mais progressista depois de sair da política, acabando por abandonar o seu partido em 2017 devido a diferenças ideológicas com a abordagem do Apelo Democrata Cristão.
O primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, elogiou o ex-político. ‘Com a sua linguagem floreada e única, as suas convicções claras e a sua apresentação marcante, Dries van Agt deu cor e substância à política holandesa numa época de polarização e renovação partidária’, disse Rutte em um comunicado.
Juntamente com o Partido Liberal de direita, o Apelo Democrata Cristão governou a Holanda com Van Agt como primeiro-ministro de 1977 a 1981. Após as eleições, tornou-se novamente primeiro-ministro, formando uma coligação com o Partido Trabalhista e os Democratas centristas.
Após uma visita a Israel em 1999, ele tornou-se cada vez mais expressivo sobre o seu apoio ao povo palestino. Ele se referiu à experiência da viagem como uma ‘conversão’. Em 2009, fundou o Fórum dos Direitos, que defende uma ‘política holandesa e europeia justa e sustentável em relação à questão Palestina/Israel’, de acordo com a organização sem fins lucrativos.