É chegado o tempo em que as premissas “menos é mais”, ou “em boca fechada não entra mosca”, se fazem valer. Acompanhar os discursos de alguns políticos muitas vezes causa náuseas na população, ainda mais ao se aproximar das eleições.
Em Xanxerê, são muitas as críticas e apontamentos ouvidos, mas sempre de longe, pois quando o alvo ou a pessoa criticada está por perto, muitos lobos acabam virando cordeirinhos! Para compreender basta fazer uma busca e recapitular algumas sessões da câmara de vereadores.
Secretários, Diretores municipais constantemente são criticados pelos trabalhos, ou condutas adotadas. Porém estando frente a frente não se vê a mesma postura crítica por parte de “alguns parlamentares”, que ao que parecem precisam de ajudinha do Google para saber para onde correr!
Certamente você já ouviu inúmeras vezes as expressões: “essas paredes têm ouvidos” ou “fala pelos cotovelos”!
No entanto orelhas que falam é algo novo a ser visto. Bem pelo menos essa foi a impressão que o vereador xanxerense Cabo Oliveira (sem partido) deixou transparecer na sessão da segunda-feira (6).
Ao fazer o uso da palavra de sua cadeira para tecer comentários sobre fatos envolvendo uma escola do município, o parlamentar ao invés de falar em direção ao microfone para que pudesse ser captada sua mensagem, parece que preferiu falar pelo ouvido. Isto pois, foi o ouvido que colocou na direção do microfone. De casa quem pelo TV Câmara acompanhou a sessão precisou aumentar significativamente o volume para tentar compreender a fala do parlamentar.
Ainda na última semana, o emedebista Guilherme Demarch (Guella) realizou a “passagem do bastão” ou da caneta presidencial do MDB em Xanxerê para o vereador Evandro Saibo. A passagem do comando da presidência do diretório municipal se deu para poder deixar Guilherme sem tantas obrigações de casa para fazer e assim estar mais disponível para realizar sua peregrinação regional em busca de capitanear votos e torno de seu nome.
Conforme anunciado em primeira mão no último dia 19 de maio, Guella deverá ser o nome do MDB para pleitear uma vaga junto à Assembleia Legislativa de Santa Catarina. A ascensão do jovem emedebista se deu devido ao fato de que o nome do vice-prefeito Adenilson Biasus não ter emplacado como esperado.
De fato, o Plano 1000 do Governo do Estado e as inúmeras obras e entregas de recursos realizadas pelo Governador Carlos Moises (Republicanos), têm deixado muitos prefeitos, vices e vereadores da região em saia justa!
Conversando com lideranças de algumas das principais siglas partidárias o sentimento é de total incerteza, é notório que muitos não sabem para que lado correr. Isto pois, MDB segue dividido, não sabe ainda se vai na barca de Moises ou se rema sozinho.
PL, tem na figura do Senador Jorginho Mello uma pré-candidatura lançada, mas se vê totalmente isolado.
PSD, ao que tudo indica estará de fato aliado ao União Brasil, indicando ou o nome do ex-governador Raimundo Colombo ao Senado e até mesmo do faxinalense Eron Giordani a vice de Gean Loureiro.
PP, esteve ao lado de Moises durante boa parte do tempo e ocupando importantes secretarias estaduais, mas o Senador Esperidião Amim se assanha para ser candidato e tenta atrair PSDB para seu lado.
Todas estas agremiações de um jeito ou de outro foram beneficiadas e muito com recursos do Governo do Estado, e por isso, poucos são os políticos que se atrevem a dizer quem irão apoiar.
Até mesmo a esquerda se encontra dividida, o que para críticos políticos, apenas uma união da esquerda poderá dar chances claras de coloca-los no segundo turno, mas o cabo de guerra que há entre Dário Berger e Décio Lima deixa muitas incertezas no ar, sem contar que Merisio ainda corre por fora.
Morde & Assopra