Desde o início das mortes suspeitas ou confirmadas pelo Covid-19, além das mudanças sociais, como o isolamento, cuidados com a higiene, entre outros, a alteração afetou em cheio o modo de se despedir das pessoas que venham a falecer em decorrência da doença. A mudança afeta inclusive, o trabalho dos profissionais das funerárias. Conforme a profissional Shirlei Giroletta, os familiares estão sentindo as modificações, mas compreendem a importância dos cuidados. Shirlei conta, que em casos de óbitos suspeitos ou confirmados para Covid-19, o corpo já segue um protocolo do hospital. Lá, assim que confirmada a morte o corpo é colocado em um saco de remoção. Logo após, é higienizado e embalado em outra bolsa cedida pela funerária. Em seguida segue para o necrotério e de lá direto para o caixão. A urna é lacrada, e, então a funerária remove o corpo. Se for positivo para o coronavírus, a lei não permite velório, então seguirá direto para o cemitério, onde é permitido a presença de poucas pessoas. Os profissionais da funerária também precisam redobrar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) utilizando macacãos, duas luvas, máscaras e óculos. Com a incidência do vírus, os velórios de mortes comuns, também sofreram alterações. Hoje só é permitido a permanência de até dez pessoas no velório, com rodízio de parentes. A capela oferece álcool em gel e precisa estar bem ventilada. O sepultamento precisa ocorrer no mesmo dia. “A família fica sentida por não poder se despedir do ente querido, mas está entendendo que é necessário pelo risco “, frisou. Em outras cidades do Brasil, a legislação aponta que em caso positivo para doenças infectocontagiosas, o corpo precisa ser cremado, porém em Santa Catarina isso não é exigido.
Por: Joimara S.Camilotti
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