A Polícia Civil cumpriu, na manhã da segunda-feira (7), mandados judiciais contra um casal suspeito de fraudar o Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Sul (IPE Prev) para manter, de forma indevida, o recebimento dos salários de um policial civil aposentado, já falecido.
Receba as informações do Ronda em seu Whatsapp… Fique sabendo de tudo primeiro clicando aqui!!
A operação, batizada de “De Cujus”, foi coordenada pela 2ª Delegacia de Combate à Corrupção (DCCOR/DEIC), sob coordenação do delegado Augusto Zenon. As diligências ocorreram em Gravataí, na Região Metropolitana de Porto Alegre.
Segundo a investigação, o policial morreu no início de 1996. Desde então, o filho, com apoio da esposa, teria falsificado documentos para manter os repasses mensais. O corpo do ex-servidor foi sepultado secretamente em um jazigo da família, conforme apurou a equipe da DCCOR em diligência realizada no município de Montenegro, no Vale do Caí.
A fraude só veio à tona após denúncia encaminhada pela Comissão de Sindicância do IPE Prev. O órgão também calculou o prejuízo causado aos cofres públicos: R$ 2,5 milhões, entre 1996 e 2023.
Entre as irregularidades, estão falsificações de comprovantes de vida e de atualização cadastral junto à Secretaria da Fazenda (Sefaz-RS), além de documentos usados para manter a conta bancária do falecido ativa no Banrisul.
Durante o cumprimento dos mandados, foram apreendidos documentos, computadores e celulares dos investigados. A Justiça também determinou o bloqueio de bens e valores do casal, incluindo dois veículos e o montante total da fraude.
O material recolhido será analisado para reforçar as provas já coletadas no inquérito. O casal responderá por estelionato contra a administração pública, falsificação de documentos, uso de documentos falsos e apropriação indébita.